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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Irmãos fazem da defesa brasileira a menos vazada

Irmãos, colegas de clube, de Seleção Brasileira de Handebol e acostumados a se revezar debaixo das traves, os goleiros Maik e Marcão têm uma tática peculiar para reduzir o número de gols sofridos pela equipe: quem entra durante a partida tem a missão de ser menos vazado do que o outro. A dupla evita usar a palavra "aposta" quando fala desse revezamento, que vem dando frutos em Guadalajara. Com 54 gols sofridos (média de 18 por partida), o Brasil tem a melhor defesa do Pan.
Neste sábado (22), ambos estarão na quadra do Ginásio San Rafael. O Brasil enfrenta a República Dominicana às 10h (13h de Brasília) e, se vencer, assegura vaga na final. Em caso de medalha de ouro, a Seleção, atual bicampeã pan-americana, garante vaga nos Jogos Olímpicos de 2012. E, mais uma vez, a dupla colocará em prática a tática que vem dando certo no México.
 "É uma estratégia de meta por jogo, já que um costuma atuar no primeiro tempo e o outro, no segundo. Desenvolvemos esse trabalho para nos incentivar a ganhar a partida, porque, na segunda etapa, a defesa costuma voltar mais relaxada e tende a levar mais gols. Em geral, quando tomamos menos de 30, somos sérios candidatos a vencer", explicou Marcão, de 35 anos. Ele contou que o objetivo é sofrer, no máximo, dez gols na metade inicial.
"Fazemos isso mais ativamente desde 2009, no Pinheiros (clube em que atuam)", explicou o caçula Maik, de 31 anos. Quando os dois defendiam a Metodista, o rodízio era praticado com menos frequência, porque Maik era mais novo e, por isso, jogava menos que o irmão.  Se, no Pinheiros, a decisão de quem será o titular é tomada por eles mesmos, na Seleção, quem decide é o técnico Javier Garcia Cuesta.
A dupla não soube responder quantos gols cada um já sofreu nas três partidas até aqui no Pan por conta do revezamento. Contra o Chile, na quinta-feira (20), Maik foi o titular e Marcão entrou no segundo tempo, mas foi substituído minutos depois pelo caçula. "Isso já aconteceu comigo em um amistoso contra a Cuba, antes do Pan. O time voltou no segundo tempo e abrimos vantagem, mas a defesa relaxou e tomamos quatro gols. Assim, o Javier me tirou e entrou o Marcão", contou Maik, líder das estatísticas gerais em Guadalajara entre os goleiros, com 60% de aproveitamento nas defesas.
Além da disputa particular, a estratégia serve para motivar os companheiros a tomar cada vez menos gols. Os irmãos só acham difícil cumprir o objetivo de levar, no máximo, dez gols nos primeiros 30 minutos contra a Argentina, na provável decisão do ouro. "É um time mais agressivo, mas entramos sempre com o foco na nossa estratégia", disse Maik.

Fonte: Photoegrafia

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